A administração da EDF, a maior produtora e distribuidora de energia de França, chegou a acordo, em termos de compensação financeira estatal ao grupo, com o governo francês para o encerramento da cent
A administração da EDF, a maior produtora e distribuidora de energia de França, chegou a acordo, em termos de compensação financeira estatal ao grupo, com o governo francês para o encerramento da central nuclear de Fessenheim. Trata-se apenas da primeira etapa neste processo que pode ser ainda longo e com um desfecho imprevisível.
Os sindicatos, que temem o que fecho da unidade representa em termos de empregos, começaram já a mobilizar-se. A empresa mostra-se confiante:
“O encerramento da central de Fessenheim será gradual e decorrerá durante um longo período, vários anos até ser desmantelada. O que é certo é que o emprego dos assalariados da EDF está garantido, e o governo criou uma estrutura, uma delegação, para a revitalização das instalações de Fessenheim, com projetos no domínio, por exemplo, da transição energética.”
O encerramento pode não significar menos uma central nuclear no país, mas dinheiro para a construção de outra, ainda assim nova. Para os ambientalistas é preciso pôr fim ao nuclear:
“Os reatores nucleares franceses estão a ficar velhos, eles vão fechar por razões de segurança nuclear e é preciso preparar os trabalhadores e a EDF para se converterem às energias renováveis, é isso que é preciso fazer hoje na EDF.”
Este acordo, agora alcançado, pode acabar por não se concretizar já que François Fillon, o candidato da direita francesa às presidenciais, já se comprometeu a manter a central em atividade se for eleito.
O país tem, atualmente, mais de três dezenas de centrais nucleares.