Síria: 13 mil pessoas enforcadas nos calabouços do regime

A Amnistia Internacional denuncia o que considera ser a política de exterminação levada a cabo em segredo pelo regime sírio.
Segundo a organização, pelo menos 13 mil prisioneiros teriam sido mortos por enforcamento em Saydnaya, uma das principais cadeias militares do país, nos arredores de Damasco.
"The worst place on earth": 4 the first time ever, you can see inside Syria's most notorious prison #Saidnaya
— Asaad Hanna (@AsaadHannaa) February 6, 2017
no words can explain @amnestypic.twitter.com/du6OZXqn8O
“Transferidos” para a forca
Graças ao testemunho de 84 pessoas, a Amnistia relata um sistema de tortura e extermínio, em vigor entre 2011 e 2015 e dirigido contra membros da oposição a Bashar Al-Assad.
Segundo Lynn Maalouf, responsável pela investigação:
“A cada semana, habitualmente às segundas e quartas, grupos de entre 20 a 50 detidos eram retirados das celas sob o pretexto que deveriam ser transferidos para uma prisão civil. Mas em vez disso, eram levados para outro edifício dentro da prisão de Saydnaya para serem enforcados”.
Syria's extermination policies unveiled - new report by@amnesty on Saydnaya Military prison a "human slaughterhouse" https://t.co/oh8kejot74pic.twitter.com/Kn630cGF5l
— amnestypress (@amnestypress) February 7, 2017
Crimes de guerra
A Amnistia fala de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade, quando denuncia igualmente os casos de tortura de detidos em celas sobrelotadas e condições de higiene deploráveis.
Desde o início do conflito que mais de 17 mil pessoas teriam sucumbido nos calabouços do regime sírio. A ONU tinha denunciado, no ano passado, a política de extermínio levada a cabo nas prisões de Bashar Al-Assad.