Vários assessores de Donald Trump terão mantido contactos continuados com agentes secretos da Rússia durante o ano que antecedeu as eleições presidenciais dos Estados Unidos da…
Vários assessores de Donald Trump terão mantido contactos continuados com agentes secretos da Rússia durante o ano que antecedeu as eleições presidenciais dos Estados Unidos da América.
A informação é avançada pelo jornal New York Times que cita quatro fontes oficiais.
Segundo o periódico, as autoridades intercetaram estas comunicações enquanto investigavam a alegada ingerência da Rússia no escrutínio presidencial.
Intercepted calls show Trump campaign members had repeated contact with Russian intelligence before the election https://t.co/kKjlQiBWMK
— The New York Times (@nytimes) February 15, 2017
Esta aproximação à Rússia fez já uma baixa no Executivo de Trump, que está há menos de um mês em exercício.
Michael Flynn demitiu-se do cargo de assessor da segurança nacional, esta terça-feira, após terem sido divulgadas conversas, sobre sanções, que manteve com o embaixador russo, em Washington, antes de tomar posse.
Na carta de demissão, Flynn lamentou ter prestado declarações incorretas ao vice-presidente. Dias antes, Mike Pence tinha negado esses contactos.
No Senado, Republicanos e Democratas querem explicações.
“A questão fundamental para nós é: qual é o nosso envolvimento e quem deve investigar isto. As comissões de informação já estão investigar o envolvimento russo nas nossas eleições e é provável que queiram, também, investigar este episódio”, afirmou o porta-voz dos republicanos, Mitch Mcconnell.
O democrata, Charles Schumer questiona: “o general Flynn foi dirigido ou autorizado a fazer o que fez? Qual foi a extensão das suas conversas e contactos com a Rússia? Por que é que eles agiram apenas quando foram apanhados a enganar os media?”
O New York Times não revela quais são os assessores de Donald Trump apanhados nestas escutas telefónicas, com exceção de Paul Manafort que, durante uns tempos dirigiu a campanha do atual presidente.
O Kremlin já reagiu e afirmou que a notícia do jornal não se baseia em factos.
Com: Reuters; EFE