O ex-primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, demitiu-se da liderança do Partido Democrático (PD), dois meses após ter abandonado o governo.
O ex-primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, demitiu-se da liderança do Partido Democrático (PD), dois meses após ter abandonado o governo.
A demissão, que deverá lançar a corrida à sucessão dentro do partido do atual executivo, foi anunciada durante uma reunião da formação que decorre em Roma.
Renzi, que deixou a porta aberta a uma recandidatura à liderança, justificou a saída com a derrota no referendo de dezembro à reforma da Constituição.
O político condenou as ameaças de cisão vindas de alguns militantes:
“A palavra ‘secessão’ é uma das mais horríveis do vocabulário político. Pior que este palavra, só a palavra ‘chantagem’. Não se pode aceitar que um partido esteja bloqueado por causa de uma minoria”.
Entre os opositores a Renzi encontra-se o presidente da região da Apúlia, Michele Emiliano.
O grupo da corrente mais à esquerda da formação rejeita a convocação de um novo congresso do partido já para abril e a possibilidade de legislativas antecipadas, defendidas por Renzi.
Os rebeldes querem que o atual governo de centro-esquerda, liderado por Paolo Gentiloni, possa concluir o seu mandato até ao final de 2018.
Para o líder demissionário, “a divisão da formação representa um presente para o Movimento Cinco Estrelas”, quando o partido de Beppe Grillo lidera as sondagens com 30,9% das intenções de voto.