O Parlamento Europeu adverte que os eurodeputados não devem ser excluídos das negociações, entre Bruxelas e Londres, que vão ditar a saída do Reino Unido da União…
O Parlamento Europeu adverte que os eurodeputados não devem ser excluídos das negociações, entre Bruxelas e Londres, que vão ditar a saída do Reino Unido da União Europeia.
O aviso do eurodeputado Guy Verhofstadt, indicado pela assembleia para participar nas conversações, ocorre um dia após o Parlamento britânico ter aprovado a lei que permite ao Governo de Theresa May acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa.
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— Reuters TV (@ReutersTV) March 14, 2017
“É fundamental que o Parlamento Europeu esteja envolvido nestas negociações desde o primeiro dia. No final, daqui a dois anos, temos de dar o nosso consentimento ao acordo final e será um momento muito difícil porque vai ocorrer dois meses antes das eleições europeias. Nós só aprovaremos este acordo final se estiver em linha com a nossa opinião e com as diretrizes que indicámos”, avisa Verhofstadt.
Após ser colocado em marcha o processo de saída, o tempo normal de negociações permitido são dois anos.
Nigel Farage, acérrimo defensor do Brexit, mostra-se preocupado com um eventual veto, por parte da Assembleia Europeia.
O britânico acredita que é necessário que os cidadãos europeus pressionem os eurodeputados.
“A ideia de que daqui a dois anos o Parlamento Europeu pode vetar todo este trabalho, dos governos de 28 Estados-membros, preocupa-me muito. Na minha opinião a Grã-Bretanha tem de sair e fazer campanha dura junto dos produtores de vinho franceses, dos fabricantes de automóveis germânicos, dos fabricantes de chocolate belgas… É necessário pressionar os eurodeputados e dizer: os nossos trabalhos, em França, Bélgica e Alemanha, dependem das exportações para o mercado britânico. Se fizermos isso, então, o Parlamento Europeu não se atreve a vetar o acordo, antes das eleições europeias”, espera Farage.