Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

ONU: Quatro anos de impunidade para os ataques químicos na Síria

ONU: Quatro anos de impunidade para os ataques químicos na Síria
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

Em outubro de 2013, após duras negociações, começou oficialmente o desmantelamento do arsenal químico sírio.

PUBLICIDADE

Em outubro de 2013, após duras negociações, começou oficialmente o desmantelamento do arsenal químico sírio. Oficialmente também os stocks de gás sarin e de gás mostarda foram destruídos, sob a supervisão da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), um organismo das Nações Unidas que obteve o Prémio Nobel da Paz em 2013 pela sua intervenção no desmantelamento do arsenal químico.

Em agosto de 2012, o presidente Obama afirmava: “A linha vermelha para nós é começarmos a ver todo um conjunto de armas químicas em movimento ou a ser utilizadas. Isso pode mudar os meus cálculos e a minha equação”.

A linha vermelha foi ultrapassada, em agosto de 2013, em Ghouta, um bairro dos arredores de Damasco. Um ataque com gás sarin matou entre 320 e 1700 pessoas – segundo as diversas fontes -, na maioria civis. O número real de vítimas do massacre nunca será conhecido. Começou, então, o “pingue-pongue” da responsabilidade entre o regime e a oposição e Assad ameaça numa entrevista:
Bashar: “Isto vai piorar com qualquer ataque louco ou guerra estúpida”.
Jornalista: O que quer dizer com piorar?
Bashar: “Piorar por causa das repercussões. Ninguém pode dizer quais são as repercussões do primeiro ataque, quando se fala numa região. Não só trata só da Síria, é uma região interligada.”.

A Convenção sobre as armas químicas deveria ser aplicada a 192 países, mas Israel assinou o tratado mas nunca o ratificou; o Egito, a Coreia do Norte e o Sudão do Sul nem sequer o assinaram.

A convenção prevê sanções para os não cumpridores das normas. A OPAQ pode fazer recomendações de sanções em abstrato, mas os casos mais graves de violação são da competência do Conselho de Segurança da ONU.
O pior é que o conselho fica de mãos atadas se um dos membros vetar as decisões. A Rússia, aliada de Basahr al Assad, tem-no feito sempre. Em fevereiro, por exemplo, o conselho reuniu-se para votar sanções contra Damasco pelo uso de armas químicas, mas Moscovo e Pequim boicotaram o voto.

Entretanto, os ataques químicos na Síria têm prosseguido. O último de que havia notícia, antes do de Idlib, tinha ocorrido em setembro passado, com cloro, na cidade de Alepo.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Rússia propõe novo inquérito a ataques químicos na Síria

Síria: União Europeia condena ataque químico e promete ajuda financeira

Rússia nega envolvimento no ataque químico em Idlib e acusa sírios