Mossul, a luta pela dignidade

Mossul, a luta pela dignidade
De  Ricardo Figueira

Com as tropas a avançar a oeste, no leste, já libertado, a população vive no meio do lixo.

As tropas iraquianas estão a fazer progressos na zona oeste de Mossul, apesar das condições muito complicadas, segundo um general americano, que disse à agência Reuters que os combatentes do Daesh se estão a esconder em locais como escolas, hospitais ou mesquitas.

Mais a norte, os meios de comunicação locais dão conta de vários civis mortos pelos ataques aéreos da coligação internacional que apoia o exército do Iraque.

Mossul é a última grande cidade do Iraque ainda parcialmente nas mãos do grupo radical. Os esforços da coligação centram-se na reconquista da zona a oeste do Rio Eufrates.

Nas zonas já libertadas, os habitantes tentam habituar-se a viver no meio do lixo e dos esgotos a céu aberto: “É um desastre. Se forem a qualquer bairro, vão ver pilhas de lixo acumulado. A minha casa fica no bairro de Al Sadir. Ainda há uma semana, carregámos oito camiões com lixo de um só sítio. Cheira mal e há doenças que se podem espalhar.

Vários locais estão a ser reconstruídos, o processo é demorado. Além do lixo que não é tratado, também não há eletricidade nem água. Os funcionários públicos não são pagos há dois anos. Vários professores voluntariaram-se para reabrir as escolas que tinham sido fechadas pelo Daesh e por causa da guerra.

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