Observadores internacionais: "O referendo na Turquia não foi verdadeiramente democrático"

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O referendo na Turquia não foi verdadeiramente democrático.

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O referendo na Turquia não foi verdadeiramente democrático. Esta é a conclusão dos observadores internacionais que acompanharam a consulta pública. Os ténicos do Conselho da Europa e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) indicam ainda que a cobertura dos meios de comunicação social foi parcial e que existiram limitações às liberdades fundamentais.

Cezar Florin Preda, chefe da delegação da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa explica que “o referendo constitucional de 16 de abril ocorreu num terreno de jogo desigual e as duas partes da campanha não tiveram oportunidades iguais. Os eleitores não tiveram acesso a informação imparcial sobre os principais aspetos da reforma”.

De qualquer forma, os observadores consideram que não há motivos para declarar este referendo como inválido.
Na Europa, as reações à vitória do “Sim” não foram muito expressivas e demonstram muita cautela. Sigmar Gabriel, ministro do Negócios Estrangeiros alemão, considera que “os resultados mostram que a sociedade turca está profundamente dividida. Vai depender muito se Erdogan vai começar a perseguir os opositores. Na Europa temos de pensar nas possibilidades que temos garantir que o país se mantém democrático”.

Já o presidente francês, François Hollande, num comunicado lembrou que indicou que tomou nota dos resultados do referendo de domingo, mas também dos protestos da oposição turca sobre a imparcialidade da contagem dos votos. Além disso, o Eliseu deixou um alerta: “a organização de um referendo sobre a pena de morte constitui uma rutura com (os) valores e (os) compromissos” assumidos por Ancara “no âmbito do Conselho da Europa”.

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