Sem mãos nem espaço para ajudar mais de 1500 migrantes em apuros

Sem mãos nem espaço para ajudar mais de 1500 migrantes em apuros
De  Francisco Marques
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Organizações não-governamentais saturam recursos em missão de resgate durante o fim de semana de Páscoa; pelo menos, sete cadáveres foram recolhidos das águas do Mediterrâneo.

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Pelo menos sete cadáveres foram recolhidos das águas do Mediterrâneo, este domingo de Páscoa, durante uma operação de salvamento ao largo da Líbia envolvendo três organizações não-governamentais. Entre os mortos, figurou uma mulher grávida, que a “sea-eye.org” revela ter tentado sem sucesso reanimar.

Ao início da noite, a “sea-eye.org” emitiu um alerta pela rede social Facebook informando ter recolhido mais 120 pessoas de um barco de borracha a afundar-se e garantia ter a respetiva embarcação já sobrelotada com mais de 200 pessoas a bordo.

Também o “Iuventa”, o barco da ONG de jovens europeus “Jugend Rettet Iuventa”, estava sobrelotado e, tal como o “sea eye”, revelava dificuldades em navegar. Um barco norueguês afeto à missão oficial europeia Frontex rumou à zona para ajudar às operações de busca e salvamento de migrantes em apuros.

Norwegian Siem Pilot has 510 people rescued in recent hours on board as part of #Frontex operation # Triton. Heading to rescue more pic.twitter.com/uLWLhhBK4P

— Frontex (@Frontex) 16 de abril de 2017

Com a aparente acalmia das águas do mar, os facilitadores das travessias ilegais e os piratas estão a precipitar cada vez mais barcos sobrelotados de migrantes para o Mediterrâneo. Um negócio clandestino que volta a ganhar força com a melhoria do clima.

Entre as primeiras horas de sábado e a tarde de domingo, a ONG MOAS revelou terem sido socorridos mais de 1500 migrantes que viajavam rumo à Europa em nove barcos: sete de borracha e dois de madeira.

#PressRelease#MOAS conducts rescue of 1,500+ people from 9 vessels in 24hrs of uninterrupted ops. in #Mediterraneanhttps://t.co/vi1SnGkgRfpic.twitter.com/siyTdz7gj2

— MOAS (@moas_eu) 16 de abril de 2017

A organização adiantou ter recolhido mais de 450 pessoas e, com o respetivo barco na máxima capacidade, manteve-se no local a supervisionar os mais de mil migrantes, incluindo muitas crianças, que se mantinham em dificuldade nas frágeis embarcações em que viajavam.

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