A convocação de eleições antecipadas é a primeira reviravolta do curto mandato de Theresa May como primeira-ministra do Reino Unido.
A convocação de eleições antecipadas é a primeira reviravolta do curto mandato de Theresa May como primeira-ministra do Reino Unido. May justifica a decisão com a necessidade de reforçar a estabilidade política durante as negociações de saída da União Europeia.
Na prática, a realização de eleições antecipadas poderá aumentar a vantagem dos conservadores numa altura em que o líder da oposição trabalhista Jeremy Corbyn é contestado dentro do próprio partido.
May terá como adversária a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon que se opôs ao Brexit e quer um novo referendo sobre a independência da Escócia.
O líder trabalhista diz-se pronto a apresentar uma alternativa credível para o país, mas, é criticado por não ter lutado com convicção pela permanência do Reino Unido na União Europeia.
Os Liberais democratas, favoráveis à União Europeia, poderão lucrar com a fraca popularidade dos trabalhistas e aumentar o número de deputados em Westminster.
May não teria marcado eleições se não estivesse convencida de que podia melhorar a margem do partido conservador e todas as sondagens lhe dão razão.
Não se espera que os conservadores ganhem muitos votos na Escócia. Em 2015, o Partido Nacional Escocês arrecadou 56 dos 59 assentos parlamentares reservados à Escócia. A maioria de escoceses disse não à saída da União Europeia no referendo de junho. No entanto, as sondagens indicam que se houver um novo referendo sobre a independência, os escoceses voltarão a optar pela permanência no Reino Unido.
Para avançar com as eleições antecipadas no Reino Unido só falta a luz verde de pelo menos dois terços dos deputados. O líder trabalhista já confirmou que não se opõe ao escrutínio antecipado.