Um 1° de maio em plena campanha: Macron salienta o extremismo de Le Pen que, por sua vez, apela aos franceses para não prolongarem o sofrimento do país.
Neste 1° de maio, Emmanuel Macron foi prestar homenagem a um jovem marroquino que se afogou no rio Sena, em Paris, há 22 anos, empurrado por militantes próximos da Frente Nacional. O candidato às presidenciais voltou a associar Marine Le Pen ao extremismo, evocando um acontecimento trágico da Segunda Guerra Mundial.
O candidato do En Marche perguntou: “Ouviram as afirmações da dirigente do partido de extrema-direita sobre a Rusga do Velódromo? As raízes estão bem lá, continuam bem vivas. As mesmas causas produzem os mesmo efeitos. Nunca esquecerei nada do que aconteceu e vou bater-me até ao último segundo, não só contra o projeto que ela representa, mas contra a ideia que ela tem da democracia e da República.”
Mon combat aujourd'hui, c'est un combat pour que d'autres puissent me combattre démocratiquement. C'est la vraie différence avec le FN. pic.twitter.com/raECSxIVwF
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) May 1, 2017
Recorde-se que Marine Le Pen negou recentemente a responsabilidade da França na chamada Rusga do Velódromo, que resultou no ajuntamento de milhares de judeus em Paris e na consequente deportação.
Por sua vez, em Seine-Saint-Denis, Le Pen não poupou igualmente o seu rival, chamando-o de “representante da alta finança”, “adversário do povo” e apelando ao fim da herança de François Hollande.
“La réalité est simple et claire : Emmanuel #Macron, c'est François Hollande qui veut rester !” #MarineÀVillepinte#DangerMacronpic.twitter.com/5cl4QE6Fcs
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) May 1, 2017
As palavras da candidata: “Escolham em liberdade. Apelo à vossa lucidez e mobilização nacional. Não deem a voz ao senhor Macron. Não prolonguem estes últimos 5 anos que foram vergonhosos. Não se deixem culpabilizar. Não arrastem o sofrimento de um país e de um povo que já não aguentam mais”.
Como sempre, o pai, Jean-Marie Le Pen, excluído da Frente Nacional, deslocou-se até à estátua de Joana d’Arc, onde pediu a ajuda da heroína francesa.