"Bombas" de excrementos em protestos contra Maduro

"Bombas" de excrementos em protestos contra Maduro
De  Rodrigo Barbosa

Os protestos nunca cheiraram tão mal na Venezuela de Nicolás Maduro.

Após cinco semanas de manifestações contra o presidente venezuelano, regularmente marcadas por incidentes violentos, grupos de contestatários trocaram os tradicionais projéteis por verdadeiras “bombas” de excrementos humanos, lançadas sobre as forças de segurança em resposta à “repressão” policial e militar.

Em Caracas, face ao gás lacrimogéneo e aos canhões de água das autoridades, o líder da oposição Henrique Capriles fala num “cenário de resistência” e em dissidências entre elementos do Exército que, segundo ele, estão agora do lado dos milhares de venezuelanos que contestam os planos de Maduro para reescrever a Constituição. Capriles diz que “85 oficiais e os seus familiares” lhe pediram “para fazer saber a todos os meios de comunicação que existe um grupo que pretende defender a Constituição”.

Com duas novas mortes registadas durante os protestos desta quarta-feira em Caracas, sobe para 38 o balanço de mortos durante confrontos entre manifestantes e forças de segurança, à margem da vaga de contestação que se propaga desde o início de abril.

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