Arte londrina travestida de política

Arte londrina travestida de política
De  Nelson Pereira
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Em tempo de eleições, o artista britânico Grayson Perry inaugurou em Londres uma nova exposição, com contexto político em pano de fundo. "A arte recorre à política quando é medíocre, mas a política pode ser um condimento útil", diz Perry

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O artista britânico Grayson Perry abriu ao público em Londres uma nova exposição, no dia quando os eleitores britânicos votam nas legislativas antecipadas.

As obras de Perry lançam um olhar crítico sobre a agitada paisagem política do país. A mostra, anunciada como A Exposição de Arte Mais Popular de Sempre, apresenta vários trabalhos consagrados a questões políticas controversas como a iminente saída da Grã-Bretanha do clube europeu, a crise dos refugiados e a vitória política de Donald Trump.

A new experience for me today, riding an exhibit to the exhibition! pic.twitter.com/r6PLySzxPL

— Grayson Perry (@Alan_Measles) June 1, 2017

Perry, que vive em Londres com a psicoterapeuta Philippa Perry e gosta de se vestir de mulher, é céptico a propósito de artistas que integram conteúdo político nas suas obras:

“Eu desconfio dos artistas, e por vezes gozo com os artistas que recorrem à política, pois parece-me que vão buscar à política o poder artístico que as suas obras de arte não têm. Vejo o poder da minha arte na força visual, no aspeto artesanal, na composição e na cor e em todas as coisas tradicionalmente ligadas à arte, mas é verdade que a política dá à arte um certo picante, algum tempero.”

Grayson Perry é um dos artistas contemporâneos mais famosos do Reino Unido. Recebeu o prémio Turner em 2003 e, em 2008, ficou na trigésima segunda posição na lista do The Telegraph das “100 pessoas mais poderosas da cultura britânica”. “A Exposição de Arte Mais Popular de Sempre” está na Serpentine Gallery em Londres até 10 de setembro e a entrada é gratuita.

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