Legislativas britânicas: Brexit não é critério

Legislativas britânicas: Brexit não é critério
De  Nelson Pereira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A primeira-ministra britânica Theresa May fez campanha em torno do Brexit, mas os eleitores consideram a questão arrumada

PUBLICIDADE

Dia de voto nas legislativas britânicas. A primeira-ministra Theresa May tentou construir a sua campanha em torno do Brexit, mas os cidadãos não parecem inclinados a deixar-se fazer reféns de uma questão que consideram arrumada.

Em Londres, o voto está mais ligado a questões internas, diz o correspondente da euronews em Londres, James Franey.

Para uma das pessoas que falaram à nossa reportagem, o que está verdadeiramente em jogo são questões como os serviços de saúde, a habitação e a educação: “Não me parece que estas eleições tenham a ver com o Brexit, por muito que Theresa May tente sugerir que assim é. Na realidade tornou-se muito evidente em muitas zonas do país – não digo que para toda a gente – que os assuntos prioritários são as nossas condições de vida: os serviços de saúde, habitação e educação”, disse Jenny.

O Brexit pertende ao passado, chegou a hora de pedir contas aos políticos. “Acho que temos de respeitar o resultado do referendo, mas também conseguir boas condições de saída”, disse Theo.

Entretanto, os atentados terroristas trouxeram à luz do dia um assunto espinhoso para a primeira-ministra: o envolvimento dos serviços secretos britânicos no apoio a radicais islâmicos para combater Kadafi nos anos quando May chefiava o Home Office.

Quando em 2011 o MI6 começou a canalizar combatentes de origem líbia com passaportes britânicos para a guerra contra Kadafi, Theresa May era ministra da Administração Interna. Uma posição que implicava ser conhecedora das operações que os serviços secretos britânicos realizavam na Líbia com recurso a radicais islâmicos. Os traços destas ligações entre o MI6 e grupos terroristas islâmicos surgem no percurso do terrorista de Manchester, Salman Abedi, e de um dos três responsáveis pelo recente atentado em Londres, Rachid Redouane. No caso deste último, o registo de combate inclui a guerra contra Kadafi na Líbia e contra Bashar al-Assad na Síria.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Imprensa russa anuncia falsa morte do rei Carlos III

Agências noticiosas retiram foto da princesa de Gales por manipulação. Kate admite erros de edição

Velha guarda do rock em peso na abertura da Gibson Garage