O Brasil volta a viver à beira do precipício político e pode, uma vez mais, cair num processo de destituição do Presidente da República.
Michel Temer está acusado, de forma formal, por corrupção passiva e o procurador-geral da República pede também a perda do cargo de chefe de Estado por violação dos deveres inerentes à função.
O congressista Alessandro Molon, do Partido Rede Sustentabilidade, elogia a denúncia:
“A denúncia é extremamente consistente, bem fundamentada e mostra o desvio no uso da função pública e uma pratica inaceitável para quem usa o cargo de Presidente da República.”
Pelo Partido dos Trabalhadores, Carlos Zarattini avisou para as manobras do partido no Governo, o PMDB:
“Eles vão tentar todos os tipos de manobras, inclusivé substituir deputados da base do governo que não estejam tão seguros para manter o voto a favor do governo.”
Paulo Roberto Mansur, do Partido Republicano Brasileiro, diz que a resistência de Temer prejudica o Brasil:
“O Presidente está muito ansioso. Quer apresentar a defesa porque entende que não é culpado e isso prejudica muito o país.”
Na ruas do Rio de Janeiro, as bancas de jornais centraram as atenções. Dois cariocas, Jorge Cunha e Sebastião Japur, revelam tristeza e dúvidas sobre o melhor para o país:
“Sentimo-nos impotentes e ofendidos porque não temos onde reclamar se a corrupção vem do alto da montanha dos mandantes. É tudo corrupto. São todos bandidos como anunciam os jornais. Vejam os jornais de hoje. São todos bandidos.”
“Ele não deveria estar no governo, mas não sei se o país esta preparado para fazer uma nova eleição agora.”
Com o Brasil na expetativa, Michel Temer estará ainda a ponderar a resposta ao procurador-geral e continua a clamar inocência, mas a bola está agora do lado do Supremo Tribunal.