Segundo o FNUP, a desigualdade entre géneros agudizou-se em 68 dos 142 países analisados.
A falta de acesso ao planeamento familiar agrava a desigualdade entre mulheres e homens.
Segundo o novo relatório Mundos Distantes do Fundo das Nações Unidas para a População, a desigualdade entre géneros agudizou-se em 68 dos 142 países analisados.
O organismo da ONU salienta que a aplicação dos direitos sexuais e reprodutivos ainda apresenta muitas disparidades. Exemplo disso, o acesso a contracetivos e cuidados de saúde durante a gravidez e parto não chega às mulheres pobres, nos países em desenvolvimento.
“O novo relatório mostra claramente que as desigualdades na saúde reprodutiva das mulheres relacionam-se diretamente com a desigualdade económica”, afirma a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a População, Natalia Kanem.
O documento sublinha que uma menina ou mulher que engravida, muitas vezes de forma indesejada e com risco da própria vida, vê-se privada de educação ou trabalho, perpetuando o ciclo vicioso de desigualdades.
How can we make #equality a reality? #LetGirlsLearn! See 10 actions for a more equal world here: https://t.co/7QFL0ifZoo
UNFPA</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/SWOP2017?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#SWOP2017</a> <a href="https://t.co/6MrZtJUExi">pic.twitter.com/6MrZtJUExi</a></p>— UN DESA (
UNDESA) October 18, 2017
A ONU refere que apenas metade das mulheres de todo o mundo tem emprego remunerado e, no geral, essa remuneração corresponde a 77% do que é pago ao homens.
Alargar a saúde materna, proporcionar partos mais seguros, facilitar o acesso à contraceção e garantir estes objetivos nas políticas públicas são outros dos desafios a cumprir, defende o Fundo.
We’re calling for actions that #empowerwomen with equal access to reproductive health & rights. More here: https://t.co/J0NsAo8zA2#SWOP2017pic.twitter.com/gG7Z5LrVAD
— UNFPA (@UNFPA) October 18, 2017
Nos indicadores sobre saúde sexual e reprodutiva, Portugal surge entre os países com menor mortalidade infantil (10 mortes por 100.000 nascimentos em 2015) e com menor taxa de gravidezes adolescentes (10 em cada 10.000 meninas entre os 15 e os 19 anos).
No Brasil, um em cada cinco bebés é filho de mães adolescentes. Entre elas, de cada cinco, três não trabalham nem estudam; sete em cada dez são afrodescendentes e aproximadamente a metade mora na região nordeste do país.