Diego Maradona parou de encantar há 20 anos

Diego Maradona parou de encantar há 20 anos
De  Francisco Marques
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O último jogo oficial aconteceu em outubro de 1997 pelo Boca Juniors e acabou com mais um triunfo no dérbi argentino com o River Plate

A 25 de outubro de 1997, o futebol despedia-se de uma das maiores estrelas da história da competição. Nesse dia, Diego Maradona entrou em campo pela última vez, envergava a camisola do Boca Juniors, o clube onde tinha despontado para o futebol e quando deixou o relvado, ao intervalo, o futebol ficou mais pobre.

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O “astro” argentino jogou apenas os primeiros 45 minutos na visita do Boca ao River Plate, o grande dérbi de Buenos Aires. Sofreu uma lesão muscular, foi substituído por um jovem chamado Juan Román Riquelme. Foi de fora que festejou o triunfo no que viria a ser o derradeiro jogo da carreira. Cinco dias depois, no dia em que celebrou o 37.° aniversário, Maradona confirmou o fim da carreira de futebolista profissional.

“Com toda a dor de alma, chjegou o momento de anunciar a minha retirada. Acabou-se o jogador de futebol. Ninguém está mais triste que eu. O meu pai saiu da minha casa em lágrimas e eu prometi-lhe que quando acontecesse algo assim eu largaria tudo”, afirmou “El Pibe” a 30 de outubro.

Para muitos nunca houve outro como “El Pibe”. Fala-se também muito, claro, de Pelé, Eusébio ou, mais recentemente, de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, mas nenhum deixou o “perfume” do mítico “10” da Argentina.

A carreira do também antigo jogador do Barcelona, do Nápoles ou do Sevilha ficou manchada por uma relação demasiada próxima com a cocaína e diversas outras polémicas extra-futebol, mas o contributo técnico, artístico e competitivo para o futebol é incontornável. Nem todos pudemos ver Pelé ou Eusébio em campo, mas somos muitos mais os que tivemos oportunidade de ver Maradona em ação.


Para a história fica, claro, o impacto de “El Pibe” no Nápoles, em Itália, e a forma como levou “às costas” e, claro, pela “mão de deus”, a Argentina rumo ao título mundial de 1986, no México. Contra a Inglaterra, nesse Mundial agridoce para Portugal, Maradona marcou dois golos emblemáticos, a “albiceleste” ganhou 2-1 e o já então capitão colocou a “albiceleste” nas meias finais do torneio.

Surgiu no México86 a famosa “mão de Deus”, um dos golos mais polémicos da história do futebol. Num jogo, porém, onde Maradona marcou também um dos melhores golos da história da modalidade.



Seguiu-se a carreira de treinador e chegou a selecionador da Argentina, orientando aquele que estará mais próximo de alguma vez ambicionar a ser o “herdeiro natural” de Maradona: Lionel Messi.

No ano passado, Maradona esteve lado a lado com Pelé, o histórico rival do argentino no olimpo do futebol. Trocaram cumprimentos e o brasileiro falou do argentino como um amigo e não um rival.

Esta semana, um dia antes dos 20 anos do adeus aos relvados, Maradona esteve na gala da FIFA e entregou a contragosto o quinto prémio de melhor do mundo a Cristiano ronaldo, outro dos novos candidatos a melhor jogador da história do futebol.

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A Federação de futebol Argentina dedicou um artigo na página de internet oficial a Diego Maradona'.

“726 partidas jogadas, 11 títulos conquistados e 373 golos convertidos. Incontáveis dribles e um estilo de jogo inconfundível que marcou uma época no futebol. Com a ‘canhota’ e o número 10 nas costas giou a Argentina à glória máxima com o triunfo no Mundial do México 1986. Após 21 anos e cinco dias sobre o jogo de estreia, colocou um ponto final na carreira profissional. Para trás, ficaram os malabarismo de ‘puto’ na rua, os golos à Inglaterra em 1986 e os títulos no Nápoles. Afastados no tempo, mas sempre presentes na memória de todos os adeptos do futebol”, lê-se no texto publicado pela AFA e intitulado “A última função do ‘dez’.”


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