Declaração unilateral de independência da Catalunha foi aprovada com 70 votos a favor, 10 contra e duas abstenções.
Dia histórico na Catalunha. Está aprovada a resolução parlamentar para a independência. O território virou costas a Madrid, esgotadas que parecem estar as possibilidades de diálogo entre o governo catalão e o governo central espanhol.
Esta votação no parlamento seguiu-se à recusa em organizar eleições antecipadas e à intenção, entretanto concretizada por Madrid, de suspender a autonomia do território, depois do referendo do dia 1 de outubro, em que venceu o sim à independência e que o governo de Maiano Rajoy tentou impedir, chegando mesmo a usar a força.
“Nós, representantes democráticos da Catalunha, no livre exercício do direito de autodeterminação e de acordo com o mandato recebido pelos cidadãos da Catalunha, constituímos a República Catalã como um Estado independente e soberano, de direito democrático e social”, declarou a presidente do parlamento regional, Carme Forcadell.
A votação foi feita sem os membros da oposição. As bancadas do Partido Popular, do Partido Socialista Catalão e do Ciudadanos deixaram o hemiciclo, em protesto contra a forma – segundo eles, ilegal – como todo este processo de independência foi organizado. Antes, deixaram no lugar bandeiras espanholas e da Região da Catalunha.
Na sala, já sem os opositores e depois do voto, ouviu-se “Els Segadors”, o hino da Catalunha.