Carles Puigdemont, afirmou estar disposto a cooperar com a justiça belga no âmbito do mandado europeu de detenção emitido pela justiça de Espanha.
O futuro do presidente destituído do Governo regional da Catalunha continua incerto.
Carles Puigdemont, que está na Bélgica desde segunda-feira, juntamente com outros membros do Executivo a que presidia, afirmou, este sábado (4 de novembro), estar disposto a cooperar com a justiça belga no âmbito do mandado europeu de detenção emitido, esta semana, pela justiça de Espanha.
As autoridades belgas informaram que é impossível a extradição entre dois membros da União Europeia e que cabe aos ministérios da Justiça dos dois países resolverem a questão.
No Twitter, Puigdemont apela à união dos democratas aludindo aos oito ex-conselheiros, incluindo o vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, que estão em prisão preventiva.
És el moment que tots els demòcrates s’uneixin. Per Catalunya, per la llibertat dels #presospolitics i la República https://t.co/W4WDeUIB43pic.twitter.com/FwbnA2wMQE
— Carles Puigdemont ? (@KRLS) November 4, 2017
Nas ruas de Barcelona, os catalães mostram-se indignados com as prisões dos políticos e apontam o dedo ao Executivo de Mariano Rajoy.
“Deter e prender alguém não é política. Política é: falar, discutir… Prender alguém parece-me um pouco como um Governo fascista. É algo que não faz sentido nestes tempos na Europa. Temos todos de falar e discutir. Por isso é que vivemos numa democracia”, diz um catalão.
A partir de Bruxelas, Carles Puigdemont apelou à união dos independentistas catalães nas eleições de 21 de dezembro, dizendo estar disposto a candidatar-se no escrutínio convocado pelo Governo espanhol após a dissolução do Parlamento catalão.