Antiga analista de informação do exército dos EUA e militante transgénero foi libertada em março deste ano.
Chelsea Manning, antiga analista de informação do exército dos Estados Unidos e militante transgénero, deseja concorrer ao Senado como representante do estado de Maryland.
Manning registou a candidatura de forma oficial na Comissão Federal de Eleições na quinta-feira, tendo optado pelo Partido Democrata, numa candidatura que deverá primeiro superar o veterano Democrata Ben Cardin.
Cardin cumpriu dois mandatos e é considerado favorito.
Sete anos de uma pena de 35
Quando foi detida por divulgação de informações secretas, em 2010, Chelsea Manning era conhecida como Bradley Manning. Só depois assumiu publicamente a sua transexualidade.
Condenada a 35 anos de prisão pela Justiça dos Estados Unidos, acabou por sair em liberdade em março deste ano, depois de cumpridos sete anos da pena, graças ao perdão do então presidente Barack Obama, pouco antes de deixar a Casa Branca.
Na altura, o presidente Obama disse tinha tomado a decisão porque achava que "a Justiça tinha cumprido o seu papel".
Numa recente entrevista a um conhecido programa de televisão matinal dos EUA, Chelsea Manning disse que sentiu que devia entregar os documentos secretos que tinha em seu poder ao site *WikiLeaks *por ter testemunhado "as mortes, a destruição e o caos" enquanto esteve em missão no Iraque, ao serviço do exército do seu país.
Chelsea Manning defendeu, em várias aparições públicas, que não se sente como uma traidora, já que a decisão que tomou se justifica por motivos "de ordem ética."