Apesar dos receios de confrontos entre curdos e grupos nacionalistas turcos, a manifestação decorreu sem incidentes.
"Erdogan terrorista", uma das palavras de ordem de milhares de curdos que se manifestaram este sábado na cidade alemã de colónia contra a ofensiva militar turca em Afrin, no noroeste da Síria, e a venda de armamento alemão a Ancara.
Claro que o nosso interesse hoje é conseguir que a nossa mensagem passe, acima de tudo, para o governo federal, para que eles não concluam o acordo sobre a venda de tanques à Turquia, que tenha um impacto naquele país e para repensar as relações turco alemãs, também. E finalmente encontrar um caminho para a comunidade curda, não com proibições mas através do diálogo", explica Ayten Kaplan, vice-direitora da organização dos curdos na Alemanha, Nav-Dem.
A manifestação foi organizada pela associação Nav-Dem, federação que reúne os curdos na Alemanha, agrupamento que segundo a polícia, é próximo do ilegalizado PKK, Partidos dos Trabalhadores do Curdistão.
Apesar dos receios de confrontos entre curdos e grupos nacionalistas turcos, a manifestação decorreu sem incidentes.
**Ofensiva militar na Síria e venda de armamento alemão à Turquia
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O exército turco lançou há uma semana uma ofensiva militar na região síria de Afrin para contrariar a crescente influência da milícia curda YPG na região, tendo Ancara ameaçado expandir os ataques a outras regiões do país, onde existem bastiões curdos.
Segundo a revista alemã Der Spigel, no final de 2017, o Governo alemão permitiu a venda e envio de armamento germânico para a Turquia, país membro da NATO.
Berlim garantiu que "respeitou" os "interesses securitários" da Turquia, mas salientou estar "muito preocupado" com a situação.
(Com Lusa)