Escândalo com indústria farmacêutica atinge 10 ex-ministros na Grécia

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A gigante farmacêutica suíça Novartis é o centro do escândalo que envolve 2 ex primeiros-ministros e 8 ex-ministros gregos. O Ministério Público investiga corrupção e lavagem de dinheiro, num montante que pode ascender a 3 mil milhões de euros em danos estatais.

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Dois ex-primeiros-ministros e oito ex-ministros gregos têm os nomes implicados num escândalo de alegada corrupção com origem no gigante farmacêutico suíço Novartis.

O Ministério Público para o Supremo Tribunal pediu ao Parlamento a entrega de ficheiros referentes aos implicados, que terão estado em funções entre 2006 e 2015 antes do atual governo tomar posse e cujos nomes não foram divulgados.

Stavros Kontonis, ministro grego da Justiça, declarou a propósito do caso: "O custo de medicamentos disparou nos últimos anos em percentagens que eram o dobro das do resto da União Europeia. Assim, pode perceber-se que a baixeza moral, bem como o volume financeiro acumulado às custas do povo grego, são assuntos de enorme importância."

Fontes da acusação apontam para um valor de subornos que roça os 50 milhões de euros, que resulta do testemunho de 20 pessoas, entre as quais 3 testemunhas sob proteção. Algumas acusações de corrupção prescreveram, mas a investigação de lavagem de dinheiro prossegue.

O ministro-adjunto da Justiça, Dimitris Papangelopoulos, sublinhou a dimensão financeira do escândalo. "A minha experiência como Procurador leva-me a concluir que este é o maior escândalo desde a formação do estado grego." 

Os investigadores apontam para danos estatais na ordem dos 3 mil milhões de euros. A Novartis já foi condenada nos Estados Unidos e na China pelos mesmos motivos.

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