Vladimir Putin acusa EUA de iniciarem a corrida ao armamento

Uma Rússia com novas armas invencíveis. Esta foi uma das ideias mais importantes do discurso do Estado da Nação proferido esta quinta-feira por Vladimir Putin, em Moscovo.
O presidente russo falou durante mais de duas horas sobre o presente e o futuro do país, destacando o reforço da capacidade militar como resposta aos desafios externos. Entre as novidades sobressaíram o novo míssil sem limite de alcance e capaz de evitar sistemas de defesa, bem como os minisubmarinos nucleares não pilotados.
Depois da conferência, a enviada especial da estação NBC a Moscovo, Megyn Kelly, encontrou-se com o presidente russo Vladimir Putin para uma entrevista exclusiva.
Entrevista:
- Vários analistas ocidentais disseram que estamos numa nova guerra fria. Há uma nova corrida ao armamento?
Vladimir Putin (VP): O meu ponto de vista é que os indivíduos que disseram que começou uma nova guerra fria não são realmente analistas, fazem propaganda. Se você falar sobre a corrida às armas, então a corrida às armas começou exatamente no momento em que os Estados Unidos abandonaram o Tratado Antimísseis Balísticos.
- Alguns analistas dizem que você testou as armas e estas falharam, por isso mostrou animações e não vídeos reais.
VP: Refere-se ao míssil balístico intercontinental?
- Sim, aqueles que disse que tornam inúteis os sistemas de defesa antimíssil.
VP: De facto, todos os sistemas de armas discutido hoje facilmente supera e evita um sistema de defesa anti-mísseis.
- Mas testou-o?
VP: O teste foi excelente. Alguns ainda precisam ser aperfeiçoados e trabalhados. Outros já estão disponíveis para as tropas e já estão prontos para a batalha.
- Para que fique registado: tem um míssil balístico intercontinental alimentado por armas nucleares viável e testado com sucesso?
VP: Todos esses testes foram bem sucedidos. É só que cada um desses sistemas de armas está em um estágio diferente de prontidão. Um deles já está em serviço de combate. Está disponível para as tropas.