Refugiados em condições desumanas na Grécia

Refugiados em condições desumanas na Grécia
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Em duas fábricas abandonadas, na cidade de Patras, a pouco mais de 200 quilómetros de Atenas, cerca de meio milhar de refugiados e migrantes vivem em condições desumanas, na esperança de alcançar clandestinamente um porto de Itália, escondidos por entre a carga.

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São os destroços de duas fábricas na cidade grega de Patras, a duzentos quilómetros de Atenas, que fazem de casa para mais de 400 migrantes e refugiados, do Afeganistão e do Paquistão.

São todos homens, muitos deles abaixo dos 18 anos de idade.

Ratazanas, pulgas, vermes e lixo não os afastam da proximidade com o porto de onde saem diariamente barcos para Itália. Sem luz e sem água corrente, na unidade fábril em ruína visitada pela euronews, são cerca de 200 os migrantes que resistem. Os portos italianos são destinos sonhados pela sobrevivência e é dali que observam os 4 a 6 barcos diários com destino aos portos de Brindisi, Bari ou Ancona, na costa leste italiana.

Wais Rahman, refugiado afegão, falou com a euronews:

«Esta é a nossa vida. A meu ver, os cães europeus não viveriam aqui, mas os refugiados afegãos vivem. Viu os nossos duches, a nossa sala, as tendas? Esta situação é um problema enorme para nós. Somos humanos, não somos... Se ficarmos aqui, damos em doidos."

Voluntários e câmara municipal tentam ajudar, mas apesar da boa-vontade, as condições continuam insuportáveis.

Organizações não governamentais, como a DocMobile, interagem com os refugiados e migrantes até se tornarem a relação mais próxima para desabafar desaires das tentativas de fuga, como nos diz Sandra Stucky, cidadã suíça a fazer voluntariado para a instituição inglesa na Grécia:

«A maior parte deles fica ferida quando tenta esconder-se nos camiões. Quer seja quando saltam ou correm, magoam-se. Por vezes são espancados pela polícia, ou pela polícia portuária."

Entrar clandestinamente num dos camiões de carga é o único, mas inválido passaporte a que estes migrantes e refugiados têm acesso para sair da Grécia e cruzar o Adriático. 

As tentativas sucedem-se, os falhanços também. Dia após dia.

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