Ex-presidente catalão estaria de regresso à Bélgica após uma viagem à Finlândia e tinha visto reativado nos últimos dias um mandado internacional de detenção a pedido de Espanha
Carles Puigdemont foi detido pela polícia alemã quando entrava no país oriundo da Dinamarca. O ex-presidente da região autónoma da Catalunga é alvo de um mandado de detenção internacional a pedido de Espanha e tinha conseguido sair da Finlândia sem ser interpelado pelas autoridades locais.
O político independentista catalão estaria de regresso à Bélgica, onde fixou residência em outubro após as autoridades espanholas lhe terem aberto um processo na justiça por rebelião.
A detenção também já foi confirmada pela polícia germânica.
Jaume Alonso-Cuevillas, o advogado, acrescentou que "o trato tem sido correto em todo os momentos", que Puigdemont se encontra "numa esquadra" e que "a defesa jurídica já está ativada."
O advogado reiterou que o antigo líder catalão se dirigia à Bélgica para "se colocar, como sempre, à disposição da justiça belga."
No sábado, pelas redes sociais, Puigdemont prometeu "lutar até ao fim" pela liberdade na Catalunha " e por todos aqueles que considera "reféns de um Estado opressor", por alusão ao governo espanhol.
O catalão tinha estado na capital da Finlândia onde se encontrou com vários deputados locais e deu uma conferência na Universidade de Helsínquia.
No sábado, as autoridades belgas confirmaram a reativação do mandado de detenção internacional contra o ex-presidente do governo regional catalão.
Na sexta-feira, as autoridades finlandesas já teriam recebido essa informação e teriam iniciado buscas pelo político independentista catalão, sem o conseguir localizar.
Mikko Kärnä, deputado finlandês pela Lapónia e que foi o anfitrião de Puigdemont em Helsínquia, denunciou na sexta-feira o pedido espanhol ao governo finlandês para a extradição do político independentista e, no sábado, adiantou que o antigo líder da Catalunha já havia deixado a Finlândia com destino à Bélgica.