A Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO) formalizou esta terça-feira a expulsão de sete diplomatas e a rejeição de credenciais de outros três oficiais.
A NATO juntou-se a uma já longa lista de países e anunciou a expulsão de sete diplomatas russos e a rejeição de credenciais para outros três representantes.
A Aliança Atlântica manifestou assim o seu apoio ao Reino Unido na sequência do caso do envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal, em Salisbury. Pelo menos 26 países já expulsaram 143 diplomatas russos e o secretário geral da NATO, Jens Stoltenberg, assumiu que esta medida é um aviso a Moscovo.
"Esta é uma mensagem muito clara para a Rússia. As ações têm consequências e penso que a Rússia subestimou a unidade dos aliados da NATO", afirmou Jens Stoltenberg.
Entre os mais de cem diplomatas expulsos, o maior contingente veio dos Estados Unidos, onde 60 oficiais foram intimados a deixar o país.
A Casa Branca já se pronunciou sobre a situação e garantiu estar disponível para ter uma relação construtiva com a Rússia. Porém, Moscovo tem de perceber primeiro que as suas ações de desestabilização têm custos.
A posição norte-americana não passou ao lado do governo russo, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, a acusar os Estados Unidos de fazer "pressões colossais" sobre os aliados da NATO. De resto, a Rússia continua a negar qualquer envolvimento no caso Skripal.
A 14 de março, o Reino Unido anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos do território britânico e o congelamento das relações bilaterais com a Rússia, em resposta ao envenenamento do ex-espião russo com um gás neurotóxico no dia 04 de março na cidade inglesa de Salisbury.
Moscovo respondeu expulsando 23 diplomatas britânicos e suspendendo a atividade do British Council na Rússia.
O caso Skripal provocou uma grave crise diplomática, que se estendeu a outros países aliados do Reino Unido, como os Estados Unidos e vários Estados-membros da União Europeia, entre os quais a Alemanha, a França e a Polónia, que decidiram também expulsar diplomatas russos.