Polónia e UE abrem a porta ao diálogo

O PM polaco Mateusz Morawiecki e Jean-Claude Juncker
O PM polaco Mateusz Morawiecki e Jean-Claude Juncker
De  Joao Duarte Ferreira
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O líder do partido no poder, Kaczyński, afirma existirem "80% de possibilidades" de um acordo com a Comissão Europeia.

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Há sinais de degelo nas relações entre a União Europeia e a Polónia. Segundo o líder do partido da Lei e Justiça, Jarosław Kaczyński, existem 80% de possibilidades de que a Polónia e a Comissão Europeia cheguem a um acordo.

Esta foi a mensagem deixada esta quarta-feira por Jarosław Kaczyński numa entrevista à publicação de direita Gazeta Polska.

Na entrevista, Kaczyński afirma estar preparado para implementar mudanças anteriormente acordadas com a União Europeia.

No cerne do problema estão reformas controversas no sistema legal polaco. As reformas não foram ignoradas em Bruxelas que alertou para a violação do estado de direito e do princípio da separação de poderes.

De recordar que em dezembro passado, a Comissão Europeia lançou o processo previsto no Artigo 7º, que poderia levar à suspensão do direito de voto da Polónia enquanto membro da União Europeia. Isto mesmo apesar da Hungria ter anunciado que vetaria quaisquer sanções.

A Comissão Europeia deu um prazo de três meses para acabar com o conflito. O prazo terminou no passado dia 20 de março. O vice-comissário europeu Frans Timmermann visitará Varsóvia na próxima semana com vista a concluir as negociações e evitar a suspensão do direito de voto da Polónia.

As reformas propostas pelo governo conservador deram origem a protestos nas ruas no ano passado. Os críticos afirmam que o pacote legislativo do governo colocaria o poder judicial sob controlo do partido no poder.

De referir que os desenvolvimentos têm lugar numa altura em que se prepara o debate relativo ao próximo orçamento da União Europeia a partir de 2021.

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