Austrália e Holanda acusam formalmente a Rússia pelo abate do voo MH17

Reconstituição do avião comercial MH17 abatido no leste da Ucrânia
Reconstituição do avião comercial MH17 abatido no leste da Ucrânia Direitos de autor REUTERS/Michael Kooren/Arquivo
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De  Francisco Marques
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Kremlin responsabilizado após a investigação liderada pelos holandeses ter concluído que o míssil utilizado pertencia a uma brigada russa

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O governo da Holanda revelou esta sexta-feira que responsabilizava diretamente a Federação Russa pelo seu "papel" no abate do avião comercial da Malaysia Airlines, que estabelecia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur com o nome de código MH17.

O avião foi alvejado por um míssil, que a equipa de investigação liderada pela Holanda, concluiu ter pertencido à 53.ª brigada russa, mas sem avançar quem teria dado a ordem para o disparo.

O MH17 foi atingido a cerca de 33.000 pés (10.000 metros) de altitude, quando sobrevoava território no leste da Ucrânia sob controlo dos rebeldes separatistas pró-Rússia.

De acordo com a investigação holandesa, o avião voava dentro do espaço aéreo de segurança, com o limite mínimo colocado na véspera nos 32.000 pés (9.800 metros) de altitude. A investigação denunciou uma alteração dos limites de segurança na região do conflito pelas autoridades aéreas russas para os 53.000 pés (16.000 metros).

"A Holanda e a Austrália solicitaram hoje (sexta-feira, 25 de maio) à Rússia para estabelecer diálogo com vista a uma solução que faça justiça ao enorme sofrimento e danos causados pelo abate do voo MH17", expressou o executivo holandês, alertando que "responsabilizar um país é um processo legal complexo."

À entrada para uma reunião de emergência do executivo holandês, o ministro dos Negócios Estrangeiros Stef Blok sublinhou que todas as evidências "apontam para envolvimento direto da Rússia" no ataque ao avião da Malaysia Airlines.

A Rússia põe em causa as conclusões do relatório. O Kremlin fala em motivações polémicas.

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