Donald Trump otimista após receber carta gigante de Kim Jung-un

Kim Young-Chol, Donald Trump e Mike Pompeo na Casa Branca
Kim Young-Chol, Donald Trump e Mike Pompeo na Casa Branca Direitos de autor REUTERS/Leah Millis
De  Francisco Marques com Reuters
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Presidente dos Estados Unidos reuniu-se com enviado especial de Pyongyang e agora já se mostra favorável ao encontro com o líder da Coreia do Norte

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O presidente dos Estados Unidos recebeu do enviado especial da Coreia do Norte uma carta tamanho gigante assinada por Kim Jong-un. A mensagem não foi revelada, mas Donald Trump ficou agradado, reconfirmou o encontro com o líder norte-coreano e até se mostra otimista com a aproximação.

Donald Trump voltou, por isso, a admitir participar na cimeira bilateral com o Kim Jong-un, a 12 de junho em Singapura, a mesma que havia cancelado há pouco mais de uma semana devido à hostilidade revelada pela Coreia do Norte após uma troca de argumentos em que o sucedido a Muammar Khadafi na Líbia chegou a ser referido.

Antigo chefe das secretas da Coreia do Norte, Kim Young-chol foi o primeiro alto quadro de Pyongyang a visitar a Casa Branca em quase 20 anos. No encontro com Donald Trump participou também Mike Pompeo, o agora secretário de Estado e outrora também chefe dos serviços secretos americanos.

A decorrer em Singapura, entretanto, estão os Diálogos de Shangri-la, uma cimeira de Defesa entre responsáveis do setor nos países da região Ásia-Pacífico.

Representante de um aliado americano e rival histórico do regime Kim, o Japão, através do ministro da Defesa Itsunori Onodera, deixou um aviso a Trump: "À luz do comportamento da Coreia do Norte no passado, é importante não a recompensar pelo acordo apenas para haver diálogo."

O secretário da Defesa James Mattis, por seu turno, reiterou o objetivo americano de promover a desnuclearização da península coreana e a ajuda à modernização das alianças com a Coreia do Sul e do Japão perante os desafios do século XXI.

Para o analista de política coreana, Victor Cha, "o mais importante a fazer agora é que os dois líderes (Donald Trump e Kim Jong un) se remetam ao silêncio". "Sem redes sociais nem declarações de propaganda. Que apenas que se foquem na cimeira de Singapura a 12 de junho", conclui.

A delegação americana de preparação da cimeira de Singapura, liderada pelo embaixador americano nas Filipinas, terminou entretanto a terceira ronda de negociações com a homóloga norte-coreana.

O presidente americano mostra-se agora muito otimista com o encontro. Fala do início de um processo, não antevê quaisquer acordos a 12 de junho a não ser um eventual tratado de fim da guerra das Coreias, mas antevê um entendimento de desnuclearização algures no horizonte, mas sem compromissos para já com a Coreia do Norte.

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