Ofensiva contra porto iemenita controlado por "huthis"

Ofensiva contra porto iemenita controlado por "huthis"
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De  Pedro Sacadura com Reuters, AFP
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Organizações não-governamentais alertam para o agravamento da crise humanitária

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O conflito armado no Iémen dá sinais de agravamento. As forças do Governo exilado e da coligação internacional liderada pela Arábia Saudita lançaram uma ofensiva contra o porto estratégico de Hodeida, no oeste do país. Pretendem deter a influência dos rebeldes xiitas "huthis."

A organização não-governamental "Save the Children" diz que é preciso encontrar uma solução política porque há muitas vidas em risco.

"As crianças vão morrer à fome ou morrer simplesmente por causa do conflito", sublinhou, em entrevista à Euronews, Anas Shahari, da ONG "Save the Children."

Já a Unicef alertou para a difícil situação das 300 mil crianças de Hodeida e para o risco de que o abastecimento de água potável seja interrompido.

O embaixador da Arábia Saudita nos EUA, Khalid bin Salman, recorreu ao Twitter para dizer que "a libertação da cidade de Hodeida é essencial à luz da ameaça crescente das milícias 'huthis', apoiadas pelo Irão." Acrescentou que faz parte de um compromisso para "apoiar o povo iemenita contra a tirania."

O porto de Hodeida, para onde confluiram as forças "anti-huthis", é o principal ponto de entrada de ajuda, alimentos e medicamentos no Iémen.

"Vejo bebés subnutridos que não se conseguem mover ou chorar porque estão muito fracos. As costelas estão salientes. É triste ver uma família de dez pessoas a dividir cinco peixes por dia do tamanho da palma de uma mão", lamenta Anas Shahari, da ONG "Save the Children."

A cidade portuária de Hodeida, onde vivem 600 mil civis, caiu nas mãos dos rebeldes em 2014, juntamente com a capital do Iémen.

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