Corrupção: Comissão Europeia pressiona Malta a fazer mais

Vĕra Jourová com o ministro da Justiça maltês, Owen Bonnici
Vĕra Jourová com o ministro da Justiça maltês, Owen Bonnici Direitos de autor REUTERS/Darrin Zammit Lupi
De  Elena CavalloneIsabel Marques da Silva
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A comissária européia para a Justiça, Vĕra Jourová, visitou Malta, no final da semana, para pressionar o governo a fazer mais no combate à corrupção e lavagem de dinheiro.

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A comissária europeia para a Justiça, Vĕra Jourová, visitou Malta, no final da semana, para pressionar o governo a fazer mais no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.

Vĕra Jourová pediu, também, detalhes da investigação ao assassinato da jornalista Daphe Caruana Galizia, conhecida por investigar este tipo de crimes, que foi vítima de uma bomba.

"A Comissão espera que haja uma investigação independente e completa para descobrir quem é realmente responsável pelo assassinato de Daphne. Precisamos de ter a verdade completa", disse Vĕra Jourová, em conferência de imprensa, sexta-feira, em La Valetta.

Daphne Caruana Galizia morreu, em outubro passado, quando conduzia o seu automóvel, que foi armadilhado.

O blogue da jornalista denunciava suspeitas de envolvimento de elementos próximos do atual governo socialista em casos de corrupção e lavagem de dinheiro.

"As autoridades maltesas devem cooperar com as autoridades bancárias europeias e seguir as suas recomendações. A luta contra o branqueamento de capitais não visa, apenas, proteger os sistemas financeiros. As lacunas num Estado-membro têm impacto em todos os outros Estados-membros", insistiu a comissária europeia.

Vĕra Jourová também pediu ao governo detalhes sobre o polémico "visto dourado", um regime que dá passaporte de Malta aos investidores mais ricos, permitindo-lhes, assim, movimentarem-se por toda a União Europeia.

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