Cem dias de protestos na Nicarágua

Começaram por ser uma manifestação contra as mudanças na segurança social e nas contribuições fiscais mas os protestos que continuam na Nicarágua fazem-se agora em nome da liberdade e da democracia.
Apesar do apoio dos paramilitares, o Governo de Daniel Ortega não demoveu a revolta popular.
Esta quinta-feira assinalou-se o centésimo dia de protestos. A Associação Nicaraguense pelos Direitos Humanos fala em mais de 400 mortos, 2800 feridos e quase 600 desaparecidos.
De cara coberta e com bandeiras na Nicarágua, os estudantes saíram à rua para lembrar a data assinalada num concerto reivindicativo no sul de Manágua.
Acusam o Presidente Daniel Ortega e a mulher, Rosa Murillo, vice-presidente, de abuso de poder e de corrupção.
Lester Aleman, da Aliança Cívica pela Justiça e Democracia, na oposição, condenou a "caça às bruxas": "Sabemos que vêm atrás de todos os que participam [nos protestos], os que expressam um direito individual."
O Governo responde descrevendo "grupos de terroristas" com um plano de "golpe de Estado."