Um corte de eletricidade marcou a sessão do congresso do PSUV, que voltou a aclamar Nicolás Maduro. Nas ruas, falta quase tudo e os protestos prosseguem. A inflação na Venezuela pode atingir 1.000.000% este ano, segundo o FMI
E no congresso que voltou a aclamar Nicolás Maduro como líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de repente, faltou a luz.
No país do mundo com as maiores reservas confirmadas de petróleo falta quase tudo. E também a eletricidade. Cegos perante a dramática realidade em que vive a maioria dos venezuelanos, os acólitos de Maduro reiteraram, "por aclamação", confiança no presidente do Estado que também acolhe uma importante comunidade portuguesa.
Maduro disse que o corte de eletricidade foi uma "sabotagem" e acrescentou:
"Basta de choraminguices. Digo-o assim, com responsabilidade. Vocês não me veem choramingar. Não me veem choramingar em face do imperialismo. Deixem que nos ataquem. Cabe-nos produzir, com ou sem agressão, com ou sem bloqueios, para fazer da Venezuela uma potência económica, produtiva, próspera e grande"
"Em casa sem pão, todos ralham e ninguém tem razão", diz o ditado. Mas, na Venezuela sobram as razões para protestar. Muito do quotidiano é passado em filas intermináveis, sem qualquer certeza de conseguir obter alguns bens de primeira necessidade ou medicamentos. A inflação pode chegar a 1.000.000% este ano, segundo a última estimativa do FMI.