Cinco dias de fogo e muitas questões por responder em Monchique

Cinco dias de fogo e muitas questões por responder em Monchique
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De  João Paulo Godinho com LUSA / Reuters
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O incêndio continua incontrolável no concelho algarvio, com os bombeiros e os produtores florestais a levantarem dúvidas sobre o nível da resposta das autoridades.

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É um fogo que arde, mas que se vê há já cinco dias em Monchique. As chamas no concelho algarvio voltaram a intensificar-se no final de segunda-feira e obrigaram hoje a um novo reforço no combate.

De acordo com a Proteção Civil, mais de 1100 operacionais, pelo menos 330 viaturas e 16 meios aéreos foram mobilizados para tentar travar um fogo que continua fora de controlo.

Várias projeções ameaçaram novamente habitações em Monchique. As ruas ficaram desertas, com os habitantes a tentarem proteger as suas casas, sem esconderem a apreensão.

A situação é agora descrita pelas autoridades como "muito complexa". Constantes mudanças de direção do vento e a dificuldade de acesso dos meios terrestres complicam as operações dos bombeiros e o incêndio levou mesmo ao corte da estrada nacional 266.

A EDP chegou mesmo a encerrar o abastecimento de eletricidade em algumas localidades do concelho de Monchique por razões de segurança.

As dúvidas em torno de Monchique

Pelo menos 29 feridos, mais de 15 mil hectares de área ardida e cinco dias de um incêndio incontrolável. Os números levantam agora questões sobre a efetividade da resposta das autoridades.

Os bombeiros profissionais já pediram uma audiência urgente ao Ministério da Administração Interna (MAI), pelo facto de continuar a lavrar um incêndio há cinco dias, depois de tudo o que foi alterado na sequência dos trágicos fogos de 2017.

Já os produtores florestais algarvios apontam o dedo à falta de resposta do Instituto de Conservação da Natureza sobre o plano de intervenção para a zona florestal de Monchique, que estará na gaveta há sete meses.

O alerta especial vermelho da Proteção Civil foi prolongado até à meia-noite desta terça-feira.

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