Milhares de romenos voltaram a manifestar-se no fim de semana contra o governo social democrata. Na sexta-feira, a polícia carregou contra os manifestantes: 455 pessoas ficaram feridas. Os manifestantes pedem a demissão do governo e eleições antecipadas.
Os protestos contra o governo da Roménia continuaram durante todo o fim de semana, no centro de Bucareste.
No domingo, milhares de pessoas voltaram a concentrar-se na Praça Vitoria. Para além das exigências de demissão do governo e eleições antecipadas, os romenos protestam agora também contra a repressão policial de que foram alvo os manifestantes na passada sexta-feira.
Há um ano e meio que milhares de romenos protestam nas ruas contra a corrupção e a reforma da justiça levada a cabo pelo governo social democrata.
Um manifestante acusa: "Eles estão a fazer leis para eles próprios. Para nós, é muito claro que estão a tentar escapar à prisão".
Os detratores da reforma afirmam que a lei ameaça a independência dos magistrados e permite aos responsáveis políticos escapar à justiça. A reforma tem sido criticada pelas instituições europeias.
Na passada sexta-feira, a polícia utilizou gás lacrimogénio, granadas e canhões de água contra os manifestantes. 455 pessoas ficaram feridas; 91 foram hospitalizadas.
As últimas manifestações foram organizadas por romenos da diáspora e por famílias que querem melhoria das condições de vida para que os filhos emigrados possam regressar ao país.