Ashwaq Haji, uma jovem da minoria Yazidi, diz ter encontrado na Alemanha o "jihadista" que a violou e torturou depois de ser raptada pelo Estado Islâmico
Uma jovem da minoria Yazidi diz ter encontrado na Alemanha o "jihadista" que a violou e torturou durante vários meses, depois de ter sido raptada pelo Estado Islâmico em 2014.
De regresso ao Iraque, onde se instalou com a família num campo de refugiados do Curdistão, Ashwaq Haji explicou à agência France Press ter visto o antigo captor num supermercado da localidade nos arredores de Estugarda onde vivia ao abrigo do programa alemão de acolhimento de refugiados.
A jovem regressou ao Iraque por receio de voltar a encontrar-se com o "jihadista" na Alemanha.
Haji explica que reconheceu "claramente a cara dele, devido aos espancamentos [que sofria nas suas mãos] e ao facto de que o via 24 horas por dia" e acrescenta que é "capaz de identificá-lo em qualquer momento ou qualquer lugar".
Milhares de jovens e mulheres Yazidi foram raptadas, mortas ou usadas com escravas sexuais pelo Estado Islâmico, quando o grupo extremista se apoderou de um terço do Iraque no verão de 2014.
O encontro entre Ashwaq e o captor, identificado como Abu Human, terá acontecido em fevereiro. A jovem contactou a polícia alemã, que lhe terá dito que o homem era um refugiado como ela.
Recentemente, a polícia de Bade-Württemberg anunciou ter "aberto um inquérito a 13 de março de 2018", acrescentando que a investigação não podia "ter seguimento de momento, porque a testemunha (Ashwaq) não estava contactável para responder às questões".