Satélite meteorológico com tecnologia portuguesa já está em órbita

Chama-se Aeolus, ou Éolo - em português -, um nome inspirado no guardião dos ventos da mitologia grega e já está em órbita, pronto a mudar o futuro das observações meteorológicas.
Lançado esta quinta-feira do Centro Espacial de Kourou, na Guiana francesa, a bordo de um foguetão Vega, trata-se de um dos mais inovadores satélites de observação da Agência Espacial Europeia e conta com tecnologia portuguesa.
Duas empresas aeronáuticas portuguesas, a Omnidea e a LusoSpace, fabricaram instrumentos e componentes essenciais ao bom funcionamento do Éolo.
Até agora, os meteorologistas dependiam nomeamente de balões, instrumentos em terra ou aeronaves para obter informações dos ventos e efetuar previsões.
Com recurso a um poderoso laser chamado Aladin, o satélite vai observar a direção e velocidade dos ventos a uma altitude de 30 quilómetros, com grande precisão, de uma forma global e quase em tempo real.
Observações que, esperam os especialistas, permitirão uma melhor previsão e acompanhamento de fenómenos climatéricos extremos, como o El Niño.