O concerto teve lugar em Chemnitz na Alemanha, cidade onde há uma semana um homem foi atacado e morto à facada. A detenção de dois imigrantes do Iraque e da Síria, suspeitos do homicídio, levou à revolta de grupos nacionalistas.
Mais de cinquenta mil pessoas assistiram esta segunda-feira a um concerto em Chemnitz na Alemanha, cidade onde há uma semana um homem foi atacado e morto à facada.
A detenção de dois imigrantes do Iraque e da Síria, suspeitos do homicídio, levou à revolta de grupos nacionalistas.
Este foi concerto contra o racismo.
"Isto é muito bom. Apenas para dar um sinal de que somos claramente contra o que aqui aconteceu nos últimos dias. Somos muitos e temos uma declaração: somos contra e somos mais", diz um jovem.
"Na minha opinião, o concerto devia ter sido neutro, pela paz, e não contra a direita porque isto vai provocar ainda mais atrito", afirma outro.
A última semana ficou marcada em Chemnitz por manifestações da extrema-direita e contramanifestações antiviolência contra migrantes.
Um dos artistas em palco diz que este não é um confronto político.
"Eu também acredito ser essencial estarmos cientes de que isto não é sobre o confronto entre a esquerda e a direita, mas sobre tudo o que tenha normal decência e, independentemente da cor politica, seja contra uma milícia da ala direita que está a tornar-se violenta", explica Campino, vocalista dos "Die Toten Hosen.
Para além dos milhares que estiveram presentes ao vivo no concerto, houve também muitas pessoas a seguir os concertos desde casa pela internet.
Em palco estiveram, entre outros, os "Die Toten Hosen".