Concentração organizada pela igreja protestante juntou, em Chemnitz, alemães em protesto contra a extrema-direita, a xenofobia e a violência.
A cidade alemã de Chemnitz tem vivido dias de grande agitação e protestos diários.
Mas nem todas as manifestações são xenófobas. Muitas vezes, as pessoas unem-se para se oporem à xenofobia e à violência.
Foi o que aconteceu, domingo, numa pequena concentração organizada pela igreja protestante.
"Temos que nos opor à extrema-direita. Queremos uma sociedade aberta e colorida, e teremos sucesso se ficarmos todos juntos," afirmou uma das participantes na concentração.
No sábado, um cartaz onde estava escrito "Chemnitz não é cinzenta nem castanha" foi colado na base do busto de Karl Marx mas acabou por ser danificado.
Muitas vezes os manifestantes xenófobos superam os contramanifestações.
O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, também está ciente disso.
"Estou feliz por haver tantos democratas honestos que também mostram as suas cores - também em Chemnitz - que deixam claro que a grande maioria dos alemães quer viver num país cosmopolita e tolerante, e que aqueles que partilham outros ideais são uma minoria que faz muito barulho. Mas, então, o coro dos decentes deve, simplesmente, cantar mais alto do que nunca," declarou o ministro Heiko Mass.
No sábado, aproximadamente 8.000 pessoas passaram por Chemnitz numa marcha organizada pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e o movimento xenófobo Patriotas Europeus Contra a Islamização do Ocidente (PEGIDA).