Desastre aéreo de 10 de abril de 2010 fez 96 vítimas mortais, entre elas o antigo Presidente Lech Kaczyński
Um grupo de investigadores polacos está na Rússia para examinar, em conjunto com autoridades locais, fragmentos do avião que transportava o Presidente Lech Kaczyński e que caiu em Smolensk, em 2010, sem deixar sobreviventes.
A deslocação de vários dias à cidade russa serve para aprofundar as averiguações às circunstâncias da tragédia ainda que a Rússia diga que se tratou de "erro humano."
"No quadro do cumprimento de um pedido regular de apoio jurídico por parte da Polónia, os representantes do Comité de Investigação da Rússia estão a realizar exames adicionais com os colegas da Polónia. No âmbito deste pedido iremos analisar fragmentos do avião. Estamos a cooperar com o lado polaco ao alto nível profissional, tal como antes", referiu Svetlana Petrenko.
A representante oficial do Comité de Investigação da Rússia sublinhou que a versão polaca de uma explosão a bordo não foi confirmada.
Em junho, a comissão polaca que investiga o desastre aéreo de 10 de abril de 2010 disse, em comunicado, ter identificado "a presença de substâncias explosivas em muitos fragmentos do avião SU-154 e em pelo menos uma vítima."
Entre as vítimas, de um total de 96, está o antigo Presidente Lech Kaczyński, a mulher Maria e grande parte da cúpula militar, eclesiástica e política de Polónia.
Em abril do ano passado, uma nova comissão polaca que investiga o desastre aéreo referiu que o avião foi provavelmente afetado por uma explosão no ar e que os controladores russos de tráfego aéreo enganaram deliberadamente os pilotos polacos sobre a localização quando se aproximavam da pista.
A nova comissão foi criada pelo partido conservador Lei e Justiça (PiS), de Jarosław Kaczyński, irmão do Lech Kaczyński.
A formação desafiou um relatório oficial emitido que referia uma série de erros do lado polaco ao mesmo tempo que apontava para falhas por parte dos funcionários russos na torre de controlo do Aeroporto Militar de Smolensk.