Angolanos e chineses entre os 18 mortos em colisão de comboios

Televisão Pública de Angola já difundiu imagens do acidente
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De  Francisco MarquesLusa com Angop, Efe
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As duas composições, uma de carga e outra de manutenção da linha, colidiram de frente. Presidente de Portugal já endereçou as condolências

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Pelo menos 18 pessoas morreram e 14 ficaram feridas na sequência da colisão frontal de dois comboios no troço de linha férrea entre o Namibe e a Bibala, em Angola.

Uma das composições estava ao serviço dos Caminhos-de-Ferro-de-Moçamedes (CFM) e transportava granito negro, especifica a Angência Angola Press (Angop). A outra estava ao serviço de uma empresa chinesa e fazia a manutenção da linha.

A colisão aconteceu ao quilómetro 150, na proximidade da localidade de Munhengo.

O segundo comandante do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros do Namibe revelou que os 18 mortos incluem jovens que trabalhavam no serviço de manutenção dos caminhos-de-ferro e os quatro maquinistas, dois deles chineses, que conduziam ambos os comboios.

Dos 14 feridos registados, 10 estão em estado grave e foram, por isso, encaminhados para o hospital central da província de Huíla. Os restantes já tiveram alta.

17 mortos numa colisão entre comboios "Moçamedes"

17 mortos numa colisão entre comboios "Moçamedes"

Publiée par Televisão Pública de Angola - TPA "Oficial" sur Mardi 4 septembre 2018

O Presidente angolano reagiu "com profunda consternação" à notícia da colisão "na rota Lubango-Namibe", adiantou a Angop, citando a conta do chefe de Estado no Twiter.

"Trata-se de um acontecimento trágico em consequência do qual várias famílias perderam os seus entes queridos, sobre cuja memória me inclino com dor e tristeza", escreveu João Lourenço.

Esta foi a primeira colisão de comboios nos CFM desde que a empresa chegou ao planalto da Huíla, a 31 de maio de 1923, mas o segundo acidente depois do descarrilamento de uma composição de carga em fevereiro deste ano na zona da Mapunda, no Lubango, sem provocar vítimas, especifica a Angop.

O chefe de Estado angolano está atualmente em Pequim, a acompanhar o fórum China-África. Citado pelo Jornal de angola, João Lourenço afirmou que "as autoridades competentes tomarão as medidas que se impõem para apurar as causas da fatídica ocorrência" para "prevenir com rigor a repetição de casos do género."

O Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa também enviou condolências pelo acidente ao homólogo angolano.

"Ao tomar conhecimento da colisão entre dois comboios na Província do Namibe, o Presidente da República endereçou uma mensagem ao Presidente de Angola, João Lourenço, expressando as suas condolências por este trágico acidente, bem como a solidariedade para com o povo irmão angolano", lê-se no comunicado publicado na página da presidência.

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