Campanha de Kaepernick criticada por Trump já está a render à Nike

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De  Francisco Marques
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Em menos de 24 horas após a revelação do anúncio, a marca americana de artigos desportivos já tinha uma exposição mediática equivalente a 43 milhões de dólares

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A aposta da fabricante de artigos desportivos Nike em Colin Kaepernick, o jogador de futebol americano criticado pelo Presidente Donald Trump por se ajoelhar durante o hino, afinal já está a render de forma indireta à marca.

Em menos de 24 horas horas após a revelação segunda-feira da nova campanha pelo próprio desportista, a Nike terá tido uma exposição mediática estimada pela Bloomberg em 43 milhões de dólares, a grande maioria neutra ou positiva.

A própria tenista Serena Williams, também ela uma das caras da marca, fez questão de partilhar pelas redes sociais o "orgulho" em pertencer à "família Nike", numa publicação repartilhada entretanto pelo próprio Colin Kaepernick.

O atleta terá sido um dos promotores do protesto simbólico de muitos jogadores da Liga de Futebol Americano (NFL) contra a injustiça racial e a violência policial contra latinos e afro-americanos que se faziam sentir nos Estados unidos em meados de 2016.

Em março de 2017, Kaepernick acionou uma cláusula do contrato com os San Francico 49ers e tornou-se um jogador livre, mas nenhuma outra equipa o viria a contratar. Até hoje.

Muitos apontam o dedo à NFL e às pressões para castigar o jogador por não se manter de pé durante a entoação do hino americano no início dos jogos. O próprio Donald Trump reforçou as críticas à posição de Kaepernick.

Já esta quarta-feira, o Presidente dos EUA voltou ao tema no Twitter para manifestar a teoria de que "a Nike está absolutamente a ser liquidada pela ira e os boicotes" gerados pela campanha com Kaepernick.

Trump não poupou também a própria NFL, afirmando que as audiências da competição estão a baixar e a explicar porque também opta por não ver os jogos. "É-me difícil assistir, e sempre vai ser, até que eles mostrem respeito pela bandeira [dos EUA]", escreveu.

É verdade que a exposição da marca não foi toda positiva ou neutra. Muitos internautas partilharam vídeos a destruir artigos da Nike e é verdade também que as ações da marca fecharam terça-feira em queda na bolsa.

É verdade também que o mesmo aconteceu com as ações de algumas empresas rivais da fabricante americana como a alemã Adidas, que, ao que se sabe, não iniciou nenhuma campanha controversa nos últimos dias e por isso não teria razão para a queda, na ótica de Trump.

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