As sondagens indicam que o Partido Social Democrata não ultrapassará os 25% e o partido de extrema-direita, anti-imigração e anti-União Europeia, deverá ficar entre os 15% e 20% das intenções de voto
As eleições legislativas na Suécia são já este domingo. Numa campanha acesa, o tema mais debatido, tanto nas campanhas de rua como nos debates de televisão, foram as políticas de imigração.
As opiniões entre candidatos não podiam ser mais distintas. Jimmie Åkesson, candidato do partido Sverigedemokraterna (sociais-democratas suecos), defende uma política anti-imigração.
No último debate televisivo, o líder de extrema-direita acusou o atual governo de praticar "políticas irresponsáveis" e disse que os imigrantes, "quando chegam ao país, não deveriam receber cuidados de saúde completos mas sim apenas um tratamento normal".
Depois da intervenção do candidato de extrema-direita, o tom de voz dos intervenientes no debate subiu. A candidata do Partido de Centro-direita, Annie Lööf, respondeu diretamente a Jimmie Åkesson: "Eu respondo-lhe a isso dizendo que não pode falar sobre cuidados sem falar sobre imigrantes.", disse. "Quantos médicos imigrantes salvaram vidas aqui no nosso país?", perguntou a candidata. "Não poderíamos sobreviver sem estas pessoas que vêm de outros países.", rematou.
As sondagens indicam que, a nível nacional, o Partido Social Democrata não ultrapassa os 25% e o partido de extrema direita, anti-imigração e anti- União Europeia deverá ficar entre os 15% e 20% das intenções de voto, oscilando entre o segundo e terceiro lugares.
A Suécia é um dos países do mundo com melhor qualidade de vida. Estas eleições podem trazer incerteza e instabilidade ao país, até porque os partidos tradicionais de esquerda já se recusaram a formar governo com os democratas suecos, caso seja necessário. A incerteza de como será a Suécia na segunda-feira pós eleições paira no ar.