Impasse mantém-se no rescaldo da incerteza gerada pelo empate nas legislativas e pela subida da extrema-direita
A jornada pós-legislativas na Suécia marca o início de um novo período de nervosismo até à formação de Governo. O futuro permanece incerto perante um xadrez político altamente fragmentado.
No escrutínio deste domingo nenhum dos dois blocos, de centro-esquerda e de centro-direita, assegurou a maioria, mas a extrema-direita, com a qual ninguém parece querer negociar, assumiu-se como fiel da balança. Com cerca de 18% dos votos, os Democratas da Suécia são a terceira força política.
Os resultados estão praticamente apurados e o bloco de centro-esquerda dos social-democratas do Primeiro-ministro Stefan Löfven, dos Verdes e do Partido de Esquerda soma 40,6% dos votos.
Uma vantagem pouco significativa em comparação com os 40,3% da Aliança opositora de centro-direita.
Os Democratas da Suécia asseguraram 62 assentos no Parlamento.
Nicholas Aylott, professor de ciência política na Universidade de Södertörn, comentou o desfecho eleitoral em entrevista à Euronews.
"Parece bastante provável que os social-democratas queiram manter o lugar do primeiro-ministro. Penso que é mais do que possível que os Verdes apoiem um Governo social-democrata de uma forma mais passiva. O cenário mais provável é que acabemos com um novo Governo apenas com social-democratas com o atual primeiro-ministro a desempenhar o mesmo papel", sublinhou Nicholas Aylott.
Os resultados oficiais são divulgados esta quarta-feira porque os votos dos suecos que vivem no estrangeiro ainda estão a ser contabilizados. Até lá começam os jogos de bastidores para formar alianças.
Jona Källgren, Euronews - O que é que se segue? Que tipo de Governo é que a Suécia terá? De que forma é que vão operar? Que influência é que os Democratas da Suécia, de extrema-direita, terão? Para já, permanece uma incógnita. As negociações vão começar mas serão precisos dias ou até semanas antes do resultado final desta eleição se tornar claro.