Após uma eleição em que nenhuma das grandes forças políticas conseguiu uma maioria para governar, os social-democratas, com uma magra vitória, estão agora à procura de parceiros para uma coligação governamental.
Na sede do Partido Social-Democrata da Suécia, que tem governado, o clima da noite eleitoral era de festa, apesar de o resultado ter ficado muito aquém do desejado.
O partido do primeiro-ministro, Stefan Löfven, perde mais de três pontos percentuais e vê-se obrigado a negociações com vista a uma coligação governamental. A tarefa promete não ser fácil, mas os apoiantes não deixam de celebrar:
"Não é o melhor resultado que poderíamos ter tido (...), mas penso que é um bom resultado, ver que os principais partidos continuam a ser os mais votados apesar de os Democratas da Suécia estarem a ganhar terreno", afirma um jovem.
Outra jovem exprime: "Estou um bocadinho frustrada, claro, mas fizemos uma boa eleição. Temos esperança nos valores que defendemos e isso, para mim, é o mais importante".
Com resultados muito equilibrados entre os dois grandes blocos políticos, o fiel da balança poderá ser o partido da direita, populista e anti-imigração que conseguiu mais de 17% dos votos.
O repórter da Euronews em Estocolmo faz uma breve análise da noite eleitoral:
"Bem, agora é mais do que evidente que esta é uma eleição sem vencedor, nem perdedor, claro. Os rostos sombrios aqui na sede do Partido Social-Democrata foram substituídos, de alguma forma, pelo que pode ser descrito como uma celebração. O partido sentia que esta seria uma eleição historicamente má mas, ainda assim, foi melhor do que temiam os seu líderes. Do outro lado, os Democratas da Suécia, o partido de direita, populista e anti-imigração fez, por seu turno, uma eleição historicamente boa, mas não tão boa quanto esperavam. É agora tempo de passar à mesa das negociações, para se saber que tipo de coligação vai governar este país, o que, provavelmente, levará dias, semanas, ou, talvez, até meses".