Líder da oposição húngara chama "patife" a Viktor Orbán

Milhares de húngaros manifestaram-se diante do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Budapeste, em apoio ao relatório aprovado pelo Parlamento Europeu na semana passada a acusar o governo de Viktor Órban de não respeitar os valores democráticos.
O antigo primeiro-ministzro Ferenc Gyurcsány discursou perante os manifestantes e apontou o dedo ao atual chefe do Governo. E não foi meigo.
"A Hungria é atualmente liderada por um completo patife", atirou o líder da coligação Democrática para quem existe atualmente uma "ditadura na Hungria que não pode ser derrubada no Parlamento."
O protesto foi aliás organizado pelos partidos da esquerda húngara e a Euronews quis saber o que levou tanta gente a associar-se.
"Estamos aqui porque somos cidadãos europeus e queremos continuar a pertencer à União Europeia. Só nós podemos derrubar o Viktor Orbán. É muito importante para nós. Estou reformada, mas tenho um filho com perspetivas de futuro aqui e nós amamos este país", afirmou Mária Dínó, uma das manifestantes.
Gergelly Gazda também falou à nossa repoortagem e defendeu ser "preciso mostrar à Europa que também existem outras vozes na Hungria". "Viktor Orbán insiste que todo o país está com ele, garantindo-lhe a supermaioria. Pelo menos esta multidão aqui mostra que existem opiniões diferentes na Hungria", acrescentou.
Os protestos são para continuar, com a oposição húngara se ao lado da União Europeia nas críticas contra as opolíticas do executivo populista de Viktor Orbán.