Primeira-ministra britânica acusa Bruxelas de chumbar propostas para o Brexit sem apresentar alternativas, enquanto a oposição trabalhista pede eleições.
As conversações sobre o Brexit, entre a União Europeia e o Reino Unido, chegaram a um impasse. É o que diz a própria primeira-ministra britânica, Theresa May, depois de a cimeira de Salzburgo ter acabado com os Estados-membros a rejeitar as propostas de Londres. May quer que Bruxelas apresente contra-propostas concretas.
"Simplesmente rejeitar as propostas da outra parte sem uma explicação e contrapropostas detalhadas não é aceitável. Precisamos de ouvir, da União Europeia, quais são os verdadeiros problemas e quais as alternativas, para que os possamos discutir. Até lá, não pode haver progresso. Vamos continuar a preparar-nos para o cenário de não-acordo", disse a primeira-ministra britânica.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, diz que acredita que a União Europeia e o Reino Unido ainda vão conseguir chegar a acordo: diz-se amigo do Reino Unido e admirador de Theresa May.
Já a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, foi bastante menos diplomática. Para ela, as palavras de May são desastrosas e o Partido Conservador "vai pagar um preço político alto se não houver acordo".
Oposição quer eleições antecipadas
Um preço político que o líder da oposição Jeremy Corbyn quer ver May pagar nas urnas: "Se o governo não conseguir ter sucesso nas negociações e não conseguir acabar essas negociações e aprová-las no Parlamento, então chegou a hora de eleições gerais", diz o líder trabalhista.
Segunda-feira é dia de reunião de emergência do Conselho de Ministros. Ou aparece um plano B, diferente do acordo de Chequers, ou pode haver demissões no governo.