Parlamento Europeu fala de um "sistema organizado" no caso dos assistentes parlamentais fictícios
O tribunal francês confirmou a apropriação de dinheiro público no Rassemblement National, antigo partido Frente Nacional, no caso dos assistentes pessoais fictícios.
O partido de extrema-direita onde Marine Le Pen é presidente tem de devolver 1 milhão de euros. O valor foi reduzido para metade, segundo confirma o Ministério Público, depois do próprio partido apelar à Câmara de investigação do tribunal de Paris para que a decisão fosse anulada.
Em causa está a criação de um posto fictício de assistentes parlamentares na altura em que Marine Le Pen era eurodeputada.
A presidente do partido francês não conseguiu provar qualquer atividade do referido assistente e terá recebido todos os salários destinados ao suposto cargo.
O tribunal financeiro suspeita que por detrás está um "sistema organizado" de desvio de fundos da União Europeia, destinados ao uso de assistentes parlamentares, mas que, na realidade, serviam apenas para economizar dinheiro na folha de pagamento do partido.
O Parlamento Europeu estima que de 2009 a 2017 tenham sido desviados ceca de 7 milhões de euros no caso de assistentes parlamentares fictícios.