Vitória amarga para aliados de Merkel na Baviera

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De  Teresa Bizarro
Coube a Horst Seehofer assumir a perda da maioria da CSU na Baviera
Coube a Horst Seehofer assumir a perda da maioria da CSU na Baviera   -  Direitos de autor  REUTERS/Michaela Rehle

A CSU acorda esta segunda-feira para a vitória mais amarga de sempre. Os sociais-cristãos, aliados de Merkel na Baviera, perderam a maioria no parlamento. Mais: tiveram o pior resultado dos últimos 64 anos e menos 10 pontos percentuais do que nas eleições de 2013.

Coube a Horst Seehoofer, líder da CSU e ministro do Interior, assumir o resultado. "Não é um dia bom para nós na União Social Cristã," disse Seehofer acrescentando no entanto que vão assumir a responsabilidade de "construir um novo governo para a Baviera".

Os problemas da vitória são mais agradáveis do que os da derrota, diria Churchill. A avaliar pela reação de Os Verdes, nem sempre é assim. O partido ecologista é agora a segunda força política na Baviera. Confirma-se a tendência: os eleitores desviam voto dos partidos tradicionais, à procura de uma mudança de fundo. “Esperei 36 anos por um resultado destes e estou mesmo contente por poder viver este momento," afirma Andreas Senner, membro de Os Verdes.

O partido toma o lugar do SPD como segunda força política.

As eleições na Baviera eram vistas como um referendo às políticas migratórias de Merkel.

Pela primeira vez, a direita anti-imigração da AfD conseguiu votos suficientes para se sentar no Parlamento regional. Estão por avaliar os impactos deste novo cenário político.