Vitória amarga para aliados de Merkel na Baviera

A CSU acorda esta segunda-feira para a vitória mais amarga de sempre. Os sociais-cristãos, aliados de Merkel na Baviera, perderam a maioria no parlamento. Mais: tiveram o pior resultado dos últimos 64 anos e menos 10 pontos percentuais do que nas eleições de 2013.
Coube a Horst Seehoofer, líder da CSU e ministro do Interior, assumir o resultado. "Não é um dia bom para nós na União Social Cristã," disse Seehofer acrescentando no entanto que vão assumir a responsabilidade de "construir um novo governo para a Baviera".
Os problemas da vitória são mais agradáveis do que os da derrota, diria Churchill. A avaliar pela reação de Os Verdes, nem sempre é assim. O partido ecologista é agora a segunda força política na Baviera. Confirma-se a tendência: os eleitores desviam voto dos partidos tradicionais, à procura de uma mudança de fundo. “Esperei 36 anos por um resultado destes e estou mesmo contente por poder viver este momento," afirma Andreas Senner, membro de Os Verdes.
O partido toma o lugar do SPD como segunda força política.
As eleições na Baviera eram vistas como um referendo às políticas migratórias de Merkel.
Pela primeira vez, a direita anti-imigração da AfD conseguiu votos suficientes para se sentar no Parlamento regional. Estão por avaliar os impactos deste novo cenário político.