Notícias falsas podem ter beneficiado Bolsonaro

A polémica em torno das eleições presidenciais no Brasil sob de tom. Dois candidatos, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, e muita troca de acusações à mistura.
Num trabalho de investigação a "Folha de S. Paulo" diz que há empresas que pagaram, em contratos que chegariam a 12 milhões de reais, o envio de conteúdos contra o candidato do Partido dos Trabalhadores, através do "WhatsApp".
O PT já reagiu, através de Haddad, naturalmente, mas não só. Para os advogados da formação de Lula da Silva a campanha de Bolsonaro foi beneficiada pela proliferação destas notícias falsas e já foi pedido ao Tribunal Superior Eleitoral que investigue a campanha de Bolsonaro. Querem o afastamento do candidato do PSL da corrida eleitoral.
As reações não se fizeram esperar. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral pede cautela na forma como se gere a liberdade de expressão e a maioria dos seus representantes defendem que é a justiça eleitoral a principal vítima das referidas "fake news", artistas brasileiros apontam baterias à presidente deste órgão, Rosa Weber.
Já o candidato presidencial da extrema-direita - que continua à frente nas sondagens, a última da Datafolha dá-lhe 59 por cento de votos contra 41 de Haddad, na segunda volta - nega tudo aquilo de que é acusado. As empresas que estão no meio desta polémica também.